



Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que, até 2030, cerca de 500 milhões de pessoas poderão desenvolver doenças cardíacas, obesidade ou outras condições decorrentes da falta de atividade física. Preocupado com o futuro da população, o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) promove, desde 2022, a campanha Abril Verde, mês dedicado ao combate do sedentarismo.





Quase metade (48%) dos adultos brasileiros estará obesa até 2044, sugere um estudo da Fiocruz. Ao mesmo tempo, de acordo com uma pesquisa divulgada pela Semrush, as buscas na Internet pelo termo “Ozempic” aumentaram 307,6% entre 2023 e 2024. O fármaco foi desenvolvido para tratar Diabetes, mas entrou em alta pelo seu efeito colateral emagrecedor. O que os dados revelam, no entanto, é que aqueles “emagrecidos” pelos injetáveis voltam a ganhar peso. Voluntários de um estudo divulgado na PubMed recuperaram, após um ano sem as injeções, dois terços do peso que tinham perdido. Diante deste cenário, não restam dúvidas. Não há outra saída senão a mudança dos hábitos de vida.





Não é igual para todo mundo
Sabemos que não é fácil. E, muito menos, igual para todo mundo. A desigualdade social impõe barreiras, muitas vezes, impossíveis de serem superadas. O acesso ao exercício físico deveria ser um direito de todos, mas a realidade é outra.
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As barreiras
"Mundialmente as mulheres são menos ativas (32%) do que os homens (23%) e as atividades são reduzidas em idades mais avançadas na maioria dos países. Além disso, populações mais pobres, pessoas com deficiência e doenças crônicas, vulnerabilizadas e indígenas têm menos oportunidades de se manterem ativas" (Fonte: OPAS).
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O estigma
Não se trata de querer. Além das barreiras socioeconômicas e étnicas, não se pode ignorar o estigma que pessoas com obesidade enfrentam. Um consenso publicado pela Nature Medicine, assinado por mais de 100 instituições, reconheceu que "Adultos e crianças que sofrem estigma do peso são mais propensos a evitar exercícios e físicos e se alimentar mal, o que aumenta o risco de agravamento da condição" (Rubino et. al, 2020).



• Mortalidade
• Obesidade
• Maior risco de queda
• Debilidade física em idosos
• Dislipidemia
• Depressão
• Demência
• Ansiedade
• Alterações do humor


Sedentário é todo indivíduo que não pratica o mínimo recomendado de atividade física de forma regular, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os exercícios devem ser sempre orientados por um Profissional de Educação Física devidamente registrado no CREF.
E ainda
está associada a:
A inatividade física
aumenta substancialmente
a incidência de:
O Profissional de Educação Física é fundamental para a promoção de exercício físico. Para atuar na profissão, é necessário ser devidamente registrado no Conselho Regional de Educação Física (CREF). Atuar sem registro é considerado ilegal.
• Doença arterial coronariana
• Infarto agudo de miocárdio
• Hipertensão arterial
• Câncer de cólon
• Câncer de mama
• Diabetes do tipo II
• Osteoporose

Sim! Como qualquer outra doença, o sedentarismo é registrado, sob o código: “CID 10 Z72.3 - falta de exercício físico”. Além disso, a condição de sedentário é um fator de risco para diversas outras doenças.

Sabe-se que a inatividade física possui natureza multifatorial e intersetorial, estando associada a marcadores socias como gênero, classe social, nível de escolaridade, entre outros. Ou seja, em muitos casos, o sedentarismo não é uma escolha individual. Por isso, precisamos estar engajados na formulação de políticas públicas que democratizem o acesso à atividade física orientada, por uma questão de saúde.

